Caminhões com produtos químicos continuam no rio após queda de ponte entre TO e MA; nota orienta sobre risco de contaminação

31/01/2025 07h00 - Atualizado há 4 meses


 

O Ministério da Saúde publicou uma série de recomendações à população e agentes de saúde em caso de contaminação do rio Tocantins, após a queda da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira. Desde o acidente, os três caminhões que transportavam ácido sulfúrico e agrotóxicos não foram retirados da água.

Segundo o Ministério, até o momento não há indícios de contaminação da água. As orientação foram publicadas nesta semana em uma Nota Técnica Conjunta. No texto, estão descritas as ações para evitar e auxiliar a população, em situação de intoxicação por exposição de produtos químicos. Nesses casos os moradores devem:
  • Evitar contato direto com a água do rio Tocantins;
  • Evitar o uso da água ou atividades de lazer no rio Tocantins enquanto as autoridades não garantirem a segurança;
  • Seguir orientações das autoridades a partir dos comunicados oficiais dos órgãos ambientais e sanitários para atualizações sobre a segurança na região;
  • Procurar a unidade de saúde mais próxima caso haja contato com os produtos químicos, mesmo que não haja sintomas imediatos. Em casos de urgência, acionar o SAMU 192;
  • Na hipótese de ingestão da água contaminada, não induzir o vômito.

Veja aqui a Nota Técnica completa.

A Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) informou que está em contato direto com o Ministério da Saúde (MS) e a Secretaria de Estado da Saúde do Maranhão para as ações de monitoramento, alertas e conscientização da população com a comunicação de risco. Veja a íntegra da nota no fim da reportagem.

Segundo o Ministério da Saúde, equipes continuam verificando a qualidade da água. "Neste cenário, uma possível contaminação poderia afetar os múltiplos usos do rio, assim como a subsistência de comunidades tradicionais, indígenas, ribeirinhas, quilombolas e moradores da região".

Já os órgãos públicos são orientados a emitir alertas à população se necessário, identificar áreas de risco, monitorar os resíduos de agrotóxicos em água para consumo humano e desenvolver estratégias de comunicação para avisar a população.

Na publicação, o governo federal também explica os sintomas que a exposição à produtos químicos podem causar:



 

Desabamento

Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), do governo federal, o desabamento ocorreu porque o vão central da ponte cedeu. A causa do colapso ainda será investigada, de acordo com o órgão.

A estrutura que sobrou após a queda será implodida neste domingo (2). O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) informou que a demolição usará uma técnica que utiliza o calor intenso e explosivos posicionados de forma estratégica para fragmentar formações rochosas.

A ponte foi completamente interditada e os motoristas devem usar rotas alternativas. Pela estrutura passavam cerca de 2,1 mil veículos por dia. De acordo com o Governo do Estado, nessa época do ano o fluxo do posto fiscal em Aguiarnópolis. Sem poder contar com a ponte, os motoristas agora precisam desviar por rotas alternativas que aumentam o percurso em quase 200 quilômetros.

O momento em que estrutura cedeu foi registrado pelo vereador Elias Junior (Republicanos). Em entrevista ao g1, ele contou que estava no local para gravar imagens sobre as condições precárias da ponte.

Íntegra da nota da SES

A Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) informa que está em tratativas direto com o Ministério da Saúde (MS) e a Secretaria de Estado da Saúde do Maranhão, para as ações de monitoramento, alertas e conscientização da população com a comunicação de risco, para evitar rumores causadores de transtornos desnecessários às comunidades atingidas pelo desastre ocorrido com o desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek.

A SES-TO destaca que o monitoramento da qualidade da água está sendo realizado periodicamente pelas equipes do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS-TO), as quais seguem acompanhando o evento e está colaborando com os órgãos responsáveis para apoio aos municípios envolvidos. As análises realizadas em conjunto com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH) apontam a ausência de impacto na qualidade da água do Rio Tocantins, relacionado à carga potencialmente envolvida.

A SES-TO pontua que cards informativos já foram produzidos pelas equipes de Vigilância em Saúde, com orientações sobre a não exposição a riscos em busca de encontrar as embalagens submersas e o aviso imediato à empresa responsável pela carga, por meio do Serviço de Atendimento ao Consumidor, disponibilizado pela mesma. (g1 Tocantins).

 


 

  • Ir para GoogleNews
Notícias Relacionadas »