Relatório não detecta contaminação na água do Rio Tocantins; mas risco persiste

09/01/2025 17h55 - Atualizado em 09/01/2025 às 17h55


O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) divulgaram uma nota conjunta, nesta quarta-feira (08/01), para informar sobre as condições da água do Rio Tocantins, na região da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira (BR-226).

Segundo a nota, com base nos resultados das análises das amostras coletadas entre 24 e 29 de dezembro de 2024, não foram encontrados indícios de contaminação da água do rio Tocantins pelos agrotóxicos transportados. 

Contudo, ressalta-se que, enquanto o material químico estiver depositado no rio Tocantins, persiste o risco de eventual rompimento dos recipientes e consequente contaminação da água, com possíveis impactos sobre o meio ambiente e usos múltiplos, incluindo abastecimento público de comunidades ribeirinhas e cidades ao longo do rio. Por essa razão, o monitoramento da qualidade da água será mantido até que o material seja totalmente removido. 

A análise emergencial da qualidade da água do Rio Tocantins está sendo conduzida sob a coordenação Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com apoio do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa Meio Ambiente, do Serviço Geológico do Brasil (SGB), da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Maranhão (SEMA/MA). A iniciativa envolve órgãos e instituições das esferas federal e estaduais do Maranhão e do Tocantins. O monitoramento tem como objetivo principal garantir a segurança do abastecimento de água a jusante (rio abaixo) do local do acidente. 

ATUAÇÃO EMERGENCIAL 

Desde 24 de dezembro de 2024, técnicos da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão (SEMA/MA) e do Serviço Geológico do Brasil (SGB) estão realizando análises de parâmetros básicos em campo e coletando amostras em cinco pontos do rio Tocantins, sendo: 

(i) um situado imediatamente a jusante da barragem de Estreito e a montante da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, denominado ponto de controle, por não estar sujeito a eventuais impactos do acidente;

(ii) um localizado nas imediações da ponte que desabou, ou seja, no local do acidente; e;

(iii) três localizados rio abaixo, sendo um no município de Porto Franco (MA) e dois em Imperatriz (MA).




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