Em Araguaína, norte do Tocantins, o prefeito reeleito, Wagner Rodrigues, dá a impressão de que a “desaparição” é a melhor estratégia a se fazer em início de mandato.
O suposto “arrebatamento” ou “desaparecimento repentino” do chefe do executivo araguainense lembra o filme “Apertem os cintos... o piloto sumiu”, uma comédia dos anos 80 que conta a história de um piloto que é forçado a assumir o controle de um avião após a tripulação comer um lanche contaminado. No filme, o piloto e sua namorada, que vira aeromoça, tentam salvar os passageiros de uma tragédia. Só tinha um problema: o piloto era neurótico.
O afastamento do prefeito Wagner Rodrigues dos holofotes públicos se deve a duas situações: derrota na eleição da presidência da Câmara Municipal e a votação dos vereadores pela aprovação ou rejeição das contas do ex-prefeito Ronaldo Dimas.
Na noite do dia 31 de dezembro, os vereadores escolherem a contragosto de Wagner Rodrigues, o novo presidente da Câmara Municipal. Estava tudo acertado para que Marcus Duarte continuasse no comando da Câmara. Porém, numa jogada rápida do grupo do deputado estadual, Jorge Frederico, e Alexandre Guimarães, deputado federal, empurrou ladeira abaixo as pretensões do executivo.
Após muita discussão, empurra-empurra, dedo no olho e gritos de “traidor”, deu-se a votação. O vencedor foi o novato Max Baroli, que venceu Marcus Duarte por 11 votos a 8. A virada de mesa, histórica e inesperada, trouxe dor de cabeça e muito constrangimento ao prefeito Wagner Rodrigues, que agora corre atrás do prejuízo.
Mas quem corre mais risco com a eleição do Baroli é o ex-prefeito Ronaldo Dimas. Acredita-se que Wagner Rodrigues esteja transformando suor em sangue tentando convencer os vereadores a aprovarem as contas do ex-prefeito Ronaldo Dimas. Mas vereadores ligados ao grupo do Baroli já adiantaram que vão rejeitar as contas do Dimas, o que deixaria o ex-prefeito inelegível.