O Núcleo Aplicado de Estudos e Pesquisas Econômico-Sociais (Naepe-IFTO) acaba de lançar um marco na economia criativa brasileira: o IPPC. Trata-se de um software pioneiro, já registrado, que promete revolucionar a forma como artistas, produtores culturais e gestores públicos elaboram orçamentos e administram recursos no setor cultural.
Desenvolvido no campus Porto Nacional do Instituto Federal do Tocantins (IFTO), o IPPC é a primeira solução tecnológica no Brasil voltada para a orçamentação de projetos culturais com precisão regional e alinhamento à política nacional de fomento à cultura.
Finalizado ainda em 2023, a estreia pública da tecnologia ocorreu na noite da segunda-feira (25), durante uma sessão do Grupo Focal no campus Porto Nacional. O evento reuniu artistas e produtores culturais de destaque, como Everton dos Andes, Luciana de Souza e Cláudia Roberta, para testarem a ferramenta em primeira mão. A técnica do Grupo Focal permitiu captar percepções e sugestões para aprimorar o software antes de sua implementação integral.
Após as boas-vindas proferidas pelo diretor-geral, Albano Dias, a sessão foi conduzida pelos professores Dr. Autenir de Rezende, mestre Igor Melo, idealizadores do projeto, e a professora Dra. Gisláne Barbosa, com apoio dos graduandos do curso de Sistemas da Informação, Rangel Ribeiro e João Pedro Silva de Sousa.
Cláudia Roberta, produtora cultural e representante da Cerrado Criativo, destacou a funcionalidade da ferramenta. “O IPPC é uma ferramenta inovadora e útil para o setor cultural, especialmente por possibilitar a elaboração de orçamentos de projetos com base em preços do mercado, o que traz mais precisão e agilidade aos processos”, disse.
Já o músico Everton dos Andes celebrou. "É uma inovação para a cadeia produtiva da cultura. Entendo que seria importante o governo contribuir para a implantação dessa ferramenta, pois facilitaria a vida dos produtores culturais do Tocantins e do Brasil”, frisou.
Uma inovação que vai além da tecnologia
Mais do que um software, o IPPC traz uma proposta inédita: a criação do Índice de Preços à Produção Cultural. Este indicador econômico, desenvolvido em parceria com o Ministério da Cultura, visa medir a inflação no setor cultural brasileiro, oferecendo dados robustos e confiáveis para embasar políticas públicas e iniciativas privadas.
Naepe: pesquisa e inovação com impacto social
Com uma equipe de pesquisadores do Instituto Federal do Tocantins e sólida rede de parceiros e instituições de renome nacional, o Naepe se destaca em projetos de inovação tecnológica e impacto social.
Próximos passos
Após o sucesso do lançamento, o Naepe planeja expandir os testes do sistema para outras regiões ainda este ano, e, em breve, apresentar a ferramenta ao mercado nacional.
Com o apoio de governos e entidades culturais, a expectativa é que o sistema se torne um padrão essencial para o setor cultural brasileiro. O IPPC tem o potencial de transformar a economia criativa, integrando tecnologia, cultura e gestão pública de forma acessível e inovadora.