18/09/2024 às 13h29min - Atualizada em 18/09/2024 às 13h29min

O papel da igreja é pregar o evangelho e não apoiar nenhum político

Artigo de opinião - Alberto Rocha 

Parece que a igreja evangélica perdeu o caminho e a direção do que é certo. Parece que o fervor evangelístico abriu espaço para a falta de vergonha na cara. 

Não é de hoje que líderes evangélicos, especialmente líderes neopentecostais, pulam na frente para declarar apoio a candidatos políticos, numa demonstração vergonhosa de que o evangelho virou barganha barata, que pode ser comprado ou vendido facilmente numa barraca de feira. 

Líderes que se dizem evangélicos deveriam se arrepender, voltar ao primeiro amor, voltar a ter paixão pelas almas perdidas. Igreja é igreja, política é política. Votar livre e consciente é papel de cidadania; apoiar ou defender candidato é coisa de militância política.

Eu, como crente, evangélico ou mesmo como igreja, não posso negociar o que há de mais precioso, que é o evangelho conquistado a preço de sangue, de renúncia e de sofrimento lá na cruz de Cristo.

Líderes evangélicos, tomem juízo, preguem o evangelho. Quer votar, que vote, mas não leve junto o nome de Cristo, pois esse, certamente, não os acompanhará nas suas escolhas recheadas de segundas intenções, muitas delas voltadas para o próprio umbigo, com promessas de empregos e outros benefícios. 

O evangelho não muda. Já política, muda com o tempo e com os interesses. O evangelho é puro, e cristalino como a água que bebo. Política é a arte de enganar. Ninguém será salvo se, arrependido, não cair aos pés de Cristo, o salvador. 

Líderes evangélicos, peçam emprego, declarem apoio político a quem quer que seja, é normal. Mas, por favor, deixem o nome de Cristo fora dessa palhaçada. Não profanem o sagrado.

 

 


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